A Crônica do "P"


        Primeiramente,... ops, não! Para começar! Não tem jeito. As palavras pipocam na minha mente. Parece perseguição! Pelo menos não é a polícia. Ah! O “P”. O “P” tem o poder. Eu posso provar, e de várias formas. O poder político, dos parlamentares, prefeitos e presidentes. Veja só, nosso principal ministro se chama Antônio, mas, é conhecido por Palocci!
        Há quem diga que nosso país seria melhor se fosse parlamentarista ao invés de ser presidencialista. Embora minoria, há os que desejam a volta da monarquia e seu imperador, mas, então teríamos os príncipes e princesas ou que sá, Pedro III?
        Ah, esse poder. Quantos de nós não sofrem por morar na periferia, ou ser preto, ou pobre, pivete ou prostituta? Chega, vou pedir ajuda à igreja. Chegando lá, falo com quem? O pastor, padre ou o presbítero?! Socorro!!!
        Ah, esse “P”. Ta me deixando P... da vida, e que jogue a primeira pedra quem nessas horas nunca mandou alguém pra PQP.
        Pois bem, chega de ficar pensando no “P”. Vou trabalhar. Sou professor e programador, tenho perguntas a fazer e a responder. Patrão pra atender, pedagogo a determinar o que fazer e como tratar e educar meus alunos.
        Deu preguiça. O pagamento está longe. Queria não ser empregado, queria ser patrão, poder fazer a ponte no feriado. Pescar, pensar, parar um pouco. Fazer poemas e poesias e cantar o “P”, em verso e prosa.
        Preciso parar com isso. O “P” tem seu lado bom. A paixão que ele desperta. Devemos, eu e você, agora, já, neste instante, prontamente promover alguma mudança, para melhor.
        Dizem que nosso país não tem jeito, será que é por causa do “P”? Por que quem nos descobriu foi um certo Pedro, a mando da coroa portuguesa e aportando onde hoje é Porto Seguro?
        Não, não, não! Devemos protestar e fazer com que o “P”, apenas nos proporcione paz e prazer.
        Antes que eu me esqueça, tudo isso nasceu, de uma porção de palpites, em um papo entre professores de uma escola pública de Ribeirão Preto, onde o Prefeito é do PT!
Ribeirão Preto, 2002!
Autor: Alexandre L. Rangel

Feliz dia do Professor!